domingo, 3 de outubro de 2010

O Novo Acordo Ortográfico


O novo acordo ortográfico possui inúmeras motivações e contradições.
Na minha opinião, a tentativa de aproximação do modo como escrevemos ao modo como falamos, constitui uma das grandes vantagens deste acordo. Esta forma de simplificação é fundamental para as gerações futuras, beneficiando igualmente a comunidade analfabeta. Apesar da taxa de analfabetização estar a diminuir, é importante ter em conta as dificuldades das gerações mais velhas, que constituem em grande parte esta taxa, procedendo assim à simplificação ortográfica que vai facilitar a sua aprendizagem e, certamente, fazer diminuir o número de analfabetos.
O acordo vai ter a função de afastar o isolamento linguístico beneficiando as gerações futuras com uma maior abertura proveniente da atual opção estratégica entre os países que teem em comum a língua portuguesa.




Todavia, existem razões que se interpõem a esta questão estratégica que pessoalmente eu entendo, respeito e concordo mas não acho suficientemente credíveis para a não implementação do novo acordo ortográfico . As razões são de cariz afetivo, visto que, apesar dos seis anos de habituação já impostos, o povo não sobrepõe as vantagens à questão de habituação que este processo exige, assim como de cariz educativo e económico pelo investimento que o novo acordo ortográfico exige.
Não concordo quando a questão das deficiências do novo acordo é levantada, pois a realidade é que o acordo realmente é portador de imperfeições, como as homografias e as duplas grafias. Contudo, essas discrepâncias pertencem à própria língua portuguesa assim como todas as línguas mundialmente faladas e escritas tem erros. Como disse Almeida Garret, a língua não é racional. Não sendo,então, a língua racional, não é perfeita e vai ter deficiências durante todas as gerações que se seguirem e são os acordos ortográficos que vão provocar variadas evoluções tal como este irá trazer. Um exemplo que prova a evolução ortográfica é a palavra “pronto”, que outrora se escrevia “prompto”.
Pessoalmente, acho que Portugal não tem direito a colocar obstáculos ao novo acordo ortográfico, pois este vai beneficiar a população analfabeta, as gerações futuras, a política e a economia com a aproximação crescente aos países africanos, que o acordo vai permitir, através da união com o Brasil.
Portugal não deverá prender-se à ortografia como fator de identidade nem ver o Brasil como inimigo porque o nosso país tem apenas, aproximadamente, dez milhões de falantes, e com a união de Portugal, dos PALOP e do Brasil, a língua portuguesa passaria a ter 200 milhões de falantes, num número aproximado, o que faz com que a nossa língua passe a uma das mais faladas do mundo e que fique ao nível do Inglês, do Mandarim e do Árabe.
O nosso país não pode mais ignorar a crescente aproximação dos PALOP ao Brasil, tem que agir e aceitar o novo acordo ortográfico como um processo de internacionalização e afirmação essencial consolidado ao nível político e económico. Há um conjunto de medidas e instrumentos em que é possível investir para conseguir uma língua sólida e eficaz.
Defendo que o complexo egoísta típico dos portugueses deve ser ultrapassado, assim como os traumas por resolver com os brasileiros e o medo das cedências pois a expansão da nossa língua deve muito ao Brasil pela sua forte influência no mundo e pela sua localização devendo Portugal unir esforços.
Assim, o novo acordo ortográfico consolida-se numa estratégia fundamental na afirmação internacional e numa importante forma de simplificação da ortografia.


                                                                                            Inês Silva

Domingo

Hoje é daqueles dias que apetece ficar na cama a olhar para a janela e ver a chuva cair de manha.

Continuar na cama ,comer o que bem me apetece e ver um filme de comédia daqueles com a Lindsay Lonhan que são bem fixes para uma tarde chuvosa.

Continuar na cama e, à noite, ver a estreia do Big Brother ou o Ídolos.



Mas não posso.